Amoníaco
A amônia ou gás amônia, também chamado de amoníaco em solução
aquosa, é um composto químico constituído por um átomo de nitrogênio (N) e três átomos de hidrogénio (H). Estes átomos distribuem-se numa geometria molecular piramidal e a fórmula
química do composto é NH3.
Geometria
A molécula não é plana, apresentando geometria piramidal com
angulação de aproximadamente 107,8º. Esta geometria ocorre devido à formação de orbitais híbridos sp³. Em solução aquosa se comporta como uma base transformando-se
num íon amônio,
NH4+, com um átomo de hidrogênio em cada vértice do
tetraedro.
Obtenção
Atualmente o processo
de Haber-Bosch (cujo desenvolvimento valeu a Fritz Haber e a Carl Bosch o
Prémio Nobel da Química de 1918 e 1931, respectivamente) é o mais importante
método de obtenção da amônia. Neste processo os gases nitrogênio e hidrogênio
são combinados diretamente a uma pressão de 20 MPa e temperatura de 500°C,
utilizando o ferro como catalisador. Reação de síntese do amoníaco:
N2(g) + 3 H2(g) ⇄ 2 NH3(g)
A reação é na uma
reação de equilíbrio química altamente exotérmica na direção de produção de
amônia. Para a reação da amônia, o nitrogênio é obtido do ar atmosférico
previamente destilado fracionado mente e o hidrogênio produzido a partir do gás
natural.
A amônia pode ser
produzida também com a reação do sal amoníaco com hidróxido de sódio, e depois se
deve aquecer a solução para se liberar o gás amônia. A reação do processo está
descrita abaixo:
NH4Cl(aq) + NaOH(aq) → NH4OH(aq) + NaCl(aq)
NH4OH(aq)
+ CALOR → NH3(g) + H2O(g)
Aplicações
A amônia utiliza-se como refrigerante há mais de 120 anos e,
por isso, as suas propriedades e aplicações são bastante conhecidas. No
entanto, é devido a certos inconvenientes que esta substância apresenta no que
respeita à segurança, quanto ao uso do amoníaco, limita-se exclusivamente a
grandes fábricas e indústrias que necessitam do uso deste composto.
História
A amônia foi
reconhecida como refrigerante em 1860 quando o francês Ferdinand Carre criou um
sistema de refrigeração do tipo “absorção”, onde se utilizava o amoníaco como
refrigerante e a água como agente de absorção. Aproximadamente uma década
depois, o americano David Byle desenvolveu um compressor que se podia usar com
amoníaco.
Ambas estas técnicas se
vieram a desenvolver posteriormente, sendo que a estrutura básica do compressor
elaborada em 1870 ainda se utiliza e está diretamente relacionada com a refrigeração
atual do amoníaco.
É de salientar que a
amônia foi substituída pelos cloro-fluo carbonetos (CFCs) nos anos trinta do
século XX, pois o seu destino era outro. Servia para o combate, nomeadamente na
fabricação de armas e explosivos. Mais recentemente voltou a ganhar “o papel
principal” nos processos de arrefecimento, pois os CFCs causam um enorme dano à
camada de ozônio.
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