sábado, 18 de outubro de 2014


Elementos Tóxicos

ELEMENTO nº 1 - O antimônio

O que é: O antimônio (Sb) pertence a uma categoria de elementos chamada metalóides ou semimetais. Ou seja: ele existe tanto na forma de metal quanto na de não-metal.
Apresentação: O composto de antimônio mais usado em envenenamentos é o tártaro emético – ou tartarato duplo de antimônio e potássio – que vem em forma de cristais hidrossolúveis.
Como mata: Dificilmente alguém morre por tomar uma grande dose única de antimônio – o organismo a expele antes de o efeito ser fatal. São mais comuns as mortes por muitas doses pequenas.
Para que serve: O antimônio é usado em eletrodos de baterias de automóveis, compõe ligas metálicas e ainda pode servir como matéria-prima de determinados tipos de vidro.

Na medicina: Compostos de antimônio sempre foram usados na indústria farmacêutica. E ainda são: o tratamento da leishmaniose (doença parasitária que causa úlceras na pele) depende de remédios antimoniais. Na Idade Média, era muito popular o uso de uma certa “pílula eterna” de antimônio metálico para combater a prisão de ventre. Uma bola de antimônio era engolida e irritava as paredes intestinais da pessoa, acabando com qualquer constipação. Em seguida era recolhida, lavada e guardada para problemas futuros – e passada para as gerações seguintes.
Dose letal: Uma pessoa pode morrer com 120 mg, desde que tudo isso seja absorvido pelo corpo – algo muito improvável.

Réquiem para Mozart: A morte do compositor Wolfgang Amadeus Mozart, ocorrida em 1791, nunca foi plenamente esclarecida. Há teorias conspiratórias sobre um suposto envenenamento criminoso – o também músico Antonio Salieri, seu rival na corte de Viena, chegou a confessar o assassinato, mas sofria de demência senil e poucos acreditam nessa hipótese hoje. Segundo o farmacêutico Ian James, do hospital Royal Free de Londres, Mozart morreu por envenenamento acidental. Culpa do pó de antimônio que lhe receitaram para tratar o que fora diagnosticado como “melancolia”. Ian diz que todos os sintomas dos últimos dias de Mozart condizem com essa teoria: febre alta, vômitos violentos, inchaço dos membros, hálito pestilento e erupções cutâneas. Ironicamente, um quadro como esse era tratado na época com remédios à base de antimônio.





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